quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PRESERVATIVO - O Papa está certo!

Em 2009, o médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da SIDA,
Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que os preservativos não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África.”
Esta é a afirmação do médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da SIDA. Ele é director do Projecto de Investigação e Prevenção da SIDA (1) (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo.
Na terça-feira, 17 de Março, em entrevista concedida a jornalistas no avião papal (2) rumo à África, Bento XVI afirmou que a SIDA não vai ser controlada somente com a distribuição de preservativos. Para o Pontífice, a solução é “humanizar a sexualidade com novos modos de comportamento”. Por causa destas declarações, o Papa foi alvo de críticas.
Dr. Edward Green,  com 30 anos de experiência na luta contra a SIDA, tratou do assunto no site National Review Online (3) (NRO) e foi entrevistado no Ilsuodiario.net.(4)
O estudioso aponta que a contaminação por HIV está em declínio em oito ou nove países africanos. E diz que em todos estes casos, as pessoas estão diminuindo a quantidade de parceiros sexuais. “Abstinência entre jovens é também um factor, obviamente. Se as pessoas começam a fazer sexo na idade adulta, elas terminam por ter menor número de parceiros durante a vida e diminuem as chances de infecção por HIV”, explica.
Green também aponta que quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, como os preservativos, corre mais riscos do que aquele que não a usa.”O que nós vemos, de facto, é uma associação entre o crescimento do uso do preservativo e um aumento dos índices de infecção. Não sabemos todas as razões para isto. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação’”.
O médico também afirma que o chamado programa ABC (abstinência, fidelidade e preservativo – somente em último caso), que está em funcionamento em Uganda, mostra-se eficiente para diminuir a contaminação.
O governo de Uganda informa que conseguiu reduzir de 30% para 7% a percentagem de contaminação por HIV com uma política de estímulo à abstinência sexual dos solteiros e à fidelidade entre os casados. O uso do preservativo é defendido somente em último caso. No país, por exemplo, pôsteres incentivam os camionistas- considerado um grupo de risco - a serem fiéis às suas esposas.

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