quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A ESCRAVIDÃO DOS JUROS

A Escravidão dos juros

 

Manifesto pelo rompimento da escravidão dos juros
escrito em 1919, por G. Feder.
"Quem quiser combater o capitalismo, tem que romper com a escravidão dos juros.
É surpreendente constatar, como a ideologia marxista, desde Marx e Engels, começando com o Manifesto Comunista e indo até o Programa de Erfurt [1], principalmente com Kautsky e também com os actuais poderosos socialistas, como se obedecendo a uma só voz de comando, deixa intocável os juros dos credores capitalistas. A santidade dos juros tornou-se tabu; os juros são o todo-poderoso, também para os comunistas. Ninguém ainda ousou em mexer nos juros (aos templários foi emprestado dinheiro isento de juros). Enquanto valores como a propriedade, a nobreza, a honra, a segurança das pessoas e dos bens, o direito da Coroa, a convicção religiosa, a honra militar, a Pátria e a liberdade, situam-se mais ou menos dentro da regulamentação legal, os juros são sagrados e intocáveis. Noli me tangere! (Não me toque). Seu enorme peso arrasta o navio do Estado para o abismo; ele é um enorme engodo, ele é único e completamente erigido a favor dos grandes investidores.
Os grandes poderosos do mundo das finanças permanecem como a última força impulsora atrás do imperialismo anglo-americano, que abraça o mundo. Os grandes financistas financiaram de facto as cruéis mortes de seres humanos na Guerra Mundial. Os grandes financistas, certamente como os proprietários de todos os grandes jornais, envolveram o mundo em uma rede de intrigas. Eles incentivaram com prazer toda a paixão, o desejo pelo luxo, o consumismo, as saudades sem sentido e as utopias... O espírito do consumismo queria somente conhecer os números da exportação, números sobre a riqueza nacional, sobre o aumento e projectos das grandes corporações financeiras, sobre os financiamentos internacionais, etc. E levou à bancarrota a moral pública, os círculos dirigentes ao materialismo e na vontade ao prazer, a uma banalização da vida nacional, todos estes factores que carregam a culpa pelo terrível colapso.
Os juros, a cómoda transferência de bens sem esforço e sem fim, o proprietário do capital sem qualquer tipo de trabalho, deixou crescer as grandes corporações financeiras. Os juros do dinheiro são o início criminoso de onde se origina a Internacional Dourada - o Super-capitalismo.
E o Direito Romano, onde está baseado nosso Direito, foi criado para proteger o grande capital e o usurário; pois é o Direito a serviço de uma Plutocracia.
A insaciável cobiça pelos juros do empréstimo do grande capital é a fuga ao trabalho humano. As receitas das casas dos Rothschild, dos Kahn, Loeb, Speyer, Schiff, Morgan, Vanderbilt e Astor, estimadas juntas em pelo menos sessenta ou setenta milhões, com um rendimento de 5% de juros, significa para estas oito famílias um rendimento de 75% dos contribuintes da Prússia no ano de 1912, que era constituída por 21.000.000 de almas. Oito multimilionários têm o mesmo rendimento do que 38 milhões de alemães.
Através de uma intensiva campanha de esclarecimento, tem-se que expor ao povo de forma clara, que o dinheiro nada mais deve representar do que um vale para o trabalho executado, que aquela economia desenvolvida necessita o dinheiro como meio de troca; mas que com isso a função do dinheiro está terminada e de forma alguma pode ser transferido ao dinheiro, através dos juros, um poder sobrenatural que cresce por si só ao custo do trabalho produtivo".
Notas:
[1] Em 1891, Karl Kautsky, juntamente com August Bebel e Eduard Bernstein, elaboram o Programa de Erfurt do partido SPD. Tendo como base a teoria marxista, almejou-se uma sociedade socialista na Alemanha. Após a morte de Engels, Kautsky tornou-se o mais importante e influente teórico do SPD.
Fonte: http://www.inacreditavel.com.br/novo/mostrar_artigo.asp?id=18

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