Nos tempos em que o mundo era calmo e a velocidade ainda não havia invadido a vida dos homens, o passageiro de um trem que entrava vagarosamente nos arredores de uma pequena aldeia, pôde observar, à beira de um riacho e junto às pedras, uma senhora que dedicadamente empenhava-se em lavar roupa.
Esse homem reconheceu a mulher. Ela tinha sido professora nesse lugarejo. Como então estava ela agora a lavar roupas para ganhar a vida?
Procurou saber a história dela junto aos passageiros do trem. E escreveu um comovente artigo num diário da capital. Pois ele era jornalista.
Esse homem reconheceu a mulher. Ela tinha sido professora nesse lugarejo. Como então estava ela agora a lavar roupas para ganhar a vida?
Procurou saber a história dela junto aos passageiros do trem. E escreveu um comovente artigo num diário da capital. Pois ele era jornalista.
Ela, desde muito jovem, dedicou-se com esmero e carinho a cuidar das crianças do povoado. Reunia-as todas, aos finais da tarde, para contar-lhes historias, ensinar o Catecismo, cantar e brincar.
Depois, passou a dar-lhes aulas escolares, ensinando-lhes o “be-a-bá”, as tabuadas e as continhas, as noções de geografia e historia, e tudo o que se costuma aprender no curso primário.
Ela preparava com bastante cuidado as suas aulas e, como a criançada do lugar gostava muito dela, acontecia algo de admirar os povos: todos iam correndo para as suas aulas!
Isso é mesmo admirável. Todos nós fomos um dia como a criançada desse lugar e bem sabemos o quanto criança não gosta de ficar assistindo aulas. Mas no caso dela, não. As crianças iam contentes e gostavam mesmo de tudo quanto dela ouviam.
E isso a enchia de satisfação. Ela vivia feliz por ver-se útil para todos aqueles miúdos que criavam-se, assim, sob a boa influência dela e continuavam os demais passos das suas vidas, sempre agradecidos ao que dela receberam.
Centenas de jovens foram por ela beneficiados, ao longo de dez ou quinze anos.
Depois, passou a dar-lhes aulas escolares, ensinando-lhes o “be-a-bá”, as tabuadas e as continhas, as noções de geografia e historia, e tudo o que se costuma aprender no curso primário.
Ela preparava com bastante cuidado as suas aulas e, como a criançada do lugar gostava muito dela, acontecia algo de admirar os povos: todos iam correndo para as suas aulas!
Isso é mesmo admirável. Todos nós fomos um dia como a criançada desse lugar e bem sabemos o quanto criança não gosta de ficar assistindo aulas. Mas no caso dela, não. As crianças iam contentes e gostavam mesmo de tudo quanto dela ouviam.
E isso a enchia de satisfação. Ela vivia feliz por ver-se útil para todos aqueles miúdos que criavam-se, assim, sob a boa influência dela e continuavam os demais passos das suas vidas, sempre agradecidos ao que dela receberam.
Centenas de jovens foram por ela beneficiados, ao longo de dez ou quinze anos.
Entretanto, um certo dia, chega na aldeia um procurador do governo e diz à senhora:
“Venho avisá-la de que, como a senhora não tem os diplomas exigidos pelo ministério, dentro de algumas semanas chegará uma nova professora, e a senhora deixará de dar as aulas. Continue até que ela chegue e, então, entregue a ela as crianças.” Para a professorinha isto foi um verdadeiro choque. Ela estava familiarizada com tudo aquilo, e toda a sua dedicação fez com que as crianças fossem uma parte importante na vida dela.
Pouco tempo depois, chega a professora oficial que começou com aquelas aulas do sistema obrigatório, sem graça, sem amor, sem atractivos. E começou o eterno equívoco dos alunos com os professores que não sabem lecionar.
A professorinha, para manter-se sem a ajuda que os pais dos alunos lhe ofereciam, passou a lavar roupas. Ela, que estava habituada a tornar alvas e reluzentes as almas, passou a alvejar as roupas...
“Venho avisá-la de que, como a senhora não tem os diplomas exigidos pelo ministério, dentro de algumas semanas chegará uma nova professora, e a senhora deixará de dar as aulas. Continue até que ela chegue e, então, entregue a ela as crianças.” Para a professorinha isto foi um verdadeiro choque. Ela estava familiarizada com tudo aquilo, e toda a sua dedicação fez com que as crianças fossem uma parte importante na vida dela.
Pouco tempo depois, chega a professora oficial que começou com aquelas aulas do sistema obrigatório, sem graça, sem amor, sem atractivos. E começou o eterno equívoco dos alunos com os professores que não sabem lecionar.
A professorinha, para manter-se sem a ajuda que os pais dos alunos lhe ofereciam, passou a lavar roupas. Ela, que estava habituada a tornar alvas e reluzentes as almas, passou a alvejar as roupas...
De vez em quando, alguma criança a via andando pela rua, corria para abraçar-lhe e perguntava: “Professora, quando a senhora volta? Temos saudades...” Ela sorria, não respondia, segurava as lágrimas e continuava seu caminho. Um verdadeiro drama!
Mas, se esta senhora soube enfrentar este drama com resignação, coragem e confiança, ela terá se tornado uma verdadeira heroína! Ela terá cumprido o papel mais importante da sua vida que é de aceitar a cruz que Deus permitiu que lhe fosse colocada nos ombros.
Se ela não ceder à pior coisa que pode acontecer na vida de alguém, que é de ter pena de si mesmo, ela haverá de passar por isso tudo com muita coragem.
Mas, se esta senhora soube enfrentar este drama com resignação, coragem e confiança, ela terá se tornado uma verdadeira heroína! Ela terá cumprido o papel mais importante da sua vida que é de aceitar a cruz que Deus permitiu que lhe fosse colocada nos ombros.
Se ela não ceder à pior coisa que pode acontecer na vida de alguém, que é de ter pena de si mesmo, ela haverá de passar por isso tudo com muita coragem.
Merecerá até uma grande homenagem!
Talvez até, por que não?, uma estátua na praça central da aldeia, com uma inscrição assim: “Mulher corajosa que soube enfrentar o seu drama”. E, a partir daí esta pequenina aldeia passará a ter história, porque esses dramas particulares é que fazem a História dos homens.
Espalhados por aqui e pelas ruas, há muita gente que tem dons artísticos como pintura, desenho, poesia, música, escultura, teatro, etc. Os temas que vão inspirar as suas obras de verdadeira arte nascem dos dramas desse tipo. Porque foi gente que, diante de uma situação aflitiva, soube ser séria e soube manter viva a virtude da Fé.
(Facto real contado pelo SDP num SD)
Talvez até, por que não?, uma estátua na praça central da aldeia, com uma inscrição assim: “Mulher corajosa que soube enfrentar o seu drama”. E, a partir daí esta pequenina aldeia passará a ter história, porque esses dramas particulares é que fazem a História dos homens.
Espalhados por aqui e pelas ruas, há muita gente que tem dons artísticos como pintura, desenho, poesia, música, escultura, teatro, etc. Os temas que vão inspirar as suas obras de verdadeira arte nascem dos dramas desse tipo. Porque foi gente que, diante de uma situação aflitiva, soube ser séria e soube manter viva a virtude da Fé.
(Facto real contado pelo SDP num SD)
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