Um
Igreja pobre para os pobres.
Esta
frase tem o tom e o ideário de uma ideologia. Esta inserida na teologia que deu
origem uma heresia conhecida como teologia da libertação.
Será
então correcta esta ideia? Será este o objectivo da fundação da Igreja?!
Olhando
o Evangelho vem-me à memória a disputa dos apóstolos por causa do perfume que
Maria Madalena derramou, e que poderia ser vendido e usar o dinheiro em favor dos
pobres.
Jesus
respondeu: «Pobres sempre tereis entre
vós» (Jo 12, 8) e afirmou que veio chamar
os pecadores (Mc 2, 13-17).
A
Igreja, fundada pelo Salvador, tem um objectivo que é a razão da Sua vinda: Os
pecadores! Isto é, a salvação.
Mas
salvar de quem e para quê?
Jesus
veio para destruir as obras de Satanás (1 Jo 3, 8). Portanto, Jesus veio
salvar-nos do demónio. E para quê? Para que tenhamos a vida eterna (Jo 10),
isto é, o Céu.
Portanto
a obra do Salvador é espiritual e não material. O objectivo da Igreja não é os
pobres, mas os pecadores. É esta a sua missão, não é outra.
Salvar
os pecadores é a essência da existência da Igreja. E ela cumprindo esta missão,
tudo o resto virá por acréscimo (Mt 6, 1-6). Pois onde houver menos pecado
haverá mais justiça e, em consequência, menos pobres.
Uma
igreja pobre para os pobres é discriminatória, pois Jesus não fundou a Igreja
para os pobres e é, em última análise, desvirtuar a missão para a qual Jesus
fundou a Sua Igreja. Os ricos também precisam de salvação. Porquê?! Porque o
rico é um homem.
Por
outro lado, a condição de pobre não é garantia de salvação, assim como a
condição de rico. O pobre por ser pobre pode revoltar-se contra a Deus por
causa da sua pobreza e, neste caso, a mesma foi para ele causa de perdição. O
rico por ser rico pode orgulhar-se e considerar-se poderoso e também ser causa
de condenação a sua condição de rico.
Uma
Igreja pobre e para os pobres é distorcer a missão da Igreja.
Um
pai não pode ser fonte de perturbação para os seus filhos, por isso tem de
medir bem os seus gestos, as suas palavras para não escandalizar os seus
filhos.
Recentemente
o povo de Deus assistiu estupefacto o lava-pés contra toda a regra litúrgica.
Primeiro a mulheres, segundo a não cristãos.
Se
a liturgia fica dependente da inovação e criatividade ou emoção de cada um,
amanhã a Igreja não poderá proibir determinada forma de celebrar a liturgia já
que a cabeça deu exemplo desse relativismo.
Num
mundo onde impera a ditadura do relativismo tal acto foi, no meu ponto de
vista, imprudente e nada evangélico.
Rezemos
a Deus para que ilumine o nosso Papa para que não confunda a instituição do
Papado, fundado pelo Salvador, com a sua pessoa Bergolio.
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