A ortodoxia da
doutrina tem de andar de mãos dadas com a ortodoxia litúrgica. Se assim não
for, a segunda acaba por destruir a primeira.
Após o Vaticano II
assistiu-se a uma destruição, por etapas, da liturgia. Cinquenta anos depois do
Vaticano II temos uma geração de bispos e padres formados neste espírito de
auto-destruição de que falou o Papa Paulo VI. Hoje pode-se dizer que há uma
vitória desta “fumaça de Satanás” que
penetrou na Igreja pela porta do Vaticano II: a cegueira espiritual do clero
(bispos e padres). É evidente que há excepções, o que infelizmente confirma o
estado actual do clero.
Porque a ortodoxia
doutrinal (sacramentos, moral e dogmática) tem de andar de mãos dadas com a
ortodoxia litúrgica? Porque por ela podemos ver que o aparentemente correcto
está na verdade errado.
Por exemplo, o Papa,
o bispo ou um padre, relativamente a regras morais, pode ser ortodoxo, mas a
doutrina católica não se resume apenas a isso (regras morais). Se a verdade “fora da Igreja não há salvação”, se a
necessidade absoluta de baptismo ou ser católico é relativizado e temos, por
exemplo, o elogio das outras religiões, usando para as mesmas o nome de SANTO
para essas falsas religiões, então há algo errado.
Concluindo, não basta ser conservador
em questões morais e descuidar por exemplo das questões da fé que são
igualmente importantes. O problema do mundo de hoje é a falta de fé. Não basta
ser contra o preservativo, os métodos contraceptivos, aborto, casamento gay, tudo
isso é muito importante, mas não basta. Se as questões de fé são relativizadas,
e a melhor forma de o fazer é através da mundanização, secularização ou, se
quiserem, aggiornamentar a liturgia.
Sem comentários:
Enviar um comentário