A
magistratura de hoje está de acordo com os nossos tempos: conturbada.
Há
algo inédito no nosso tempo. Pela primeira vez na história da humanidade, Deus
não faz parte do Direito, da Política e da Economia.
A
consequência é o vazio que produz o caos. A este vazio corresponde a falta de
valores, isto é, a noção de bem e de mal.
A
gravidade do nosso tempo mede-se também por esta perda da noção de bem e de
mal, que leva a que o mal seja visto como bem, e este como mal. Que o feio seja
visto como belo e este como ultrapassado.
A
tremenda gravidade desta situação é visível quando na própria Igreja há a perda da noção
do belo. As provas são as igrejas modernas.
É
nesta estado que são formados pessoas para ser magistrados. Chegam a esta nobre
função pessoas muito jovens. Eles têm a formação técnica, sempre na base do
tempo que vivemos (vazio), mas totalmente demitidos da principal base para
exercer a magistratura: a licenciatura da vida. São autênticos analfabetos.
Verificamos
que em todas as civilizações e culturas os mais velhos eram os que exerciam
esta função, porque a “licenciatura da vida” lhes conferia a sabedoria que a
licenciatura técnica jamais confere.
Esta
ausência produz a arrogância, prepotência, vaidade e orgulho, tudo o que um
juiz jamais poderá ter.
De
mãos dadas com estes estão os políticos, pessoas menores, que produzem leis de
acordo com o vazio.
Por
tudo isto, a Justiça tornou-se nos nossos tempos uma injustiça.