sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PORQUÊ A MISSA TRADICIONAL?

Por que a Missa Tradicional?
(1) A venerável e imemorial Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes rituais, é teocêntrica –centrada e direccionada a Deus Todo-Poderoso. Ela dá glória constante ao Deus Trino: um sacrifício de adoração, acção de graças, propiciação e impetração, direccionado a Deus, tanto teológica quanto ritualmente.

(2) A venerável Missa Romana (Missa Tradicional) é a “Missa de Sempre”; é a Missa que sempre foi oferecida pela Igreja una, santa e católica. Assim, ela é a verdadeira e autêntica Missa Católica. Ela é a Missa que foi transmitida pela tradição de Roma, a cidade consagrada pelo sangue de dois príncipes, os santos apóstolos São Pedro e São Paulo. Ela é a obra prima de dois mil anos da Tradição, vida e culto católicos.

(3) Através da Missa Tradicional podemos ser supremamente fiéis a nossa religião católica, isto é, fiéis (exactamente à mesma) lei da fé (lex credendi) e (exactamente à mesma) lei da oração (lex orandi) que foram professadas por todos os nossos ancestrais na Fé, remontando aos próprios Apóstolos.

(4) A venerável Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes, professa, manifesta e honra o inefável Mistérioque acontece: Jesus Cristo, o único Sumo Sacerdote, oferece a Sua vida, através do ministério de Seus sacerdotes, de maneira incruenta. Nosso Redentor volta a morrer por nós de maneira mística.
(5) A venerável Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes rituais, professa, manifesta, reverencia e adora o inefável Mistério que acontece: o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, junto com a Sua alma e Divindade, se tornam realmente presentes através do Milagre da Transubstanciação no momento da Consagração.
(6) É Dogma da Fé Católica que o culto de Adoração (latria) deve ser dado a Cristo presente na Eucaristia. A venerável Missa Romana, incluindo seus ricos detalhes rituais, realiza esse culto de maneira perfeita.
(7) A venerável Missa Romana realça o fato de que a Santa Missa é o próprio sacrifício de Cristo, santo, perfeito e completo em cada aspecto, através do qual cada fiel honra a Deus de maneira nobre, confessando ao mesmo tempo o seu próprio nada e o supremo domínio que Deus tem sobre ele.
(8) A venerável Missa Romana é imutável. Ela se caracteriza por uma santa permanência e estabilidade. Ela é extremamente importante, porque reflecte a lex credendi (a Fé), que não muda. Deus é imutável, as santas verdades da Fé Católica são imutáveis, a Sagrada Escritura é imutável. . . A Santa Missa é imutável.
(9) A Missa Romana clássica é universal. Ela nos une não somente a todos os católicos do mundo (espaço), mas também a todos os nossos ancestrais católicos ao longo dos séculos (tempo), especialmente, às multidões de santos, cujas almas foram nutridas e fortalecidas pela mesma Liturgia celeste.
(10) O nosso Rito Antigo expressa a Fé Católica Romana de maneira clara e completa, com beleza sublime e nobre precisão, como, por exemplo, os mistérios da Santíssima Trindade e da Encarnação, a santidade e grandeza de Deus Todo-Poderoso, o mistério da graça e a realidade do pecado, a veneração da Santíssima Virgem Maria, os anjos e os santos, a Missa como o Sacrifício de Cristo oferecido ao Pai Eterno para a nossa salvação, o sacerdócio como uma perpetuação do próprio Sacerdócio de Cristo, a natureza hierárquica da Igreja, morte, juízo, céu e inferno.
(11) A venerável Missa Romana professa, manifesta e exalta os seguintes efeitos do Santo Sacrifício da Missa: a Santíssima Trindade é adorada, honrada e glorificada, Jesus Cristo renova [misticamente] a Sua Morte na Cruz, Jesus Cristo intercede pela Igreja, a Virgem Maria e os santos são honrados, a Igreja é auxiliada na batalha contra o demónio e em seu esforço para alcançar o céu, as santas almas são libertadas do purgatório.
(12) As orações da Missa Tradicional expressam, transmitem e exaltam a doutrina católica, como, por exemplo, o ensinamento católico sobre o inferno, o juízo divino, a ira de Deus, a punição pelo pecado, a maldade do pecado como o mal maior, o desapego do mundo, o purgatório, as almas dos falecidos, o reinado de Cristo na terra, a Igreja Militante, o triunfo da Fé Católica, os males da heresia, cisma e erro, a conversão de não católicos, os méritos dos santos e os milagres.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

VATICANO II- Pastoral como dogma!

O Concílio Vaticano II é o único concilio da história da Igreja onde não se define nada e, mesmo tendo todo o poder de um qualquer Concílio Ecuménico, apenas se pronunciou a um nível mais modesto, um nível pastoral. Ora... aqui há um problema, é que o "concílio pastoral" foi USADO posteriormente como um Concílio "dogma", uma "carta doutrinal" segundo a qual haveria de ser interpretada toda a Igreja.
Em suma, fizeram do "pastoral", "doutrinal", quando o pastoral é uma aplicação prática que só deve existir com a finalidade de submissão total à doutrina para a fazer aplicar sem a diminuir ou ferir ou contradizer. Portanto não há problema em considerar este concílio como falível, na medida em que deve ser colocado sob a doutrina e usado com "moderação" e se necessário! Aqueles casos em que parece que a Doutrina e este Concílio não coincidem totalmente, há que preferir a Doutrina, sem receios, sem censuras, e com aplausos.
O Concílio por outro lado, foi algo acidentado e acidental... mas, lá está, foi o único que se pronunciou apenas a um nível mais modesto, e isso bastará para o colocarmos em segundo plano e não no plano supremo

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Tradicionalista!

“Tradicionalista!”
Por Padre Fernando Arêas Rifan (hoje bispo)

“Tradicionalista” é o católico apostólico romano, fiel à Tradição católica, isto é, à doutrina, à moral, à liturgia tradicional da Igreja de sempre.

Este termo “tradicionalista” não significa retrógrado, antiquado, oposto ao progresso, radical, fundamentalista, avesso às sadias novidades, ou qualquer coisa parecida. Aliás, “Tradição” significa progresso, só que na mesma linha do passado. É um processo contínuo, ligado ao que o antecedeu, um enriquecimento, uma soma do passado com o presente que lhe é similar, enfim, um crescimento, como o de uma árvore ou de uma pessoa.

Esta palavra foi consagrada pelo Papa São Pio X, na sua carta encíclica “Notre charge apostolique”, quando disse: “Os verdadeiros amigos do povo não são os inovadores, mas os tradicionalistas”.

Como a Igreja Católica não é só de hoje, ou de 30 anos para cá, mas é de ontem, de hoje e de sempre, a conclusão lógica é que a Tradição é algo essencial à Igreja Católica. Tradicionalismo não é um partido ou um movimento dentro da Igreja: é o catolicismo como tal. E único. Ser católico fiel a Tradição, ou tradicionalista, não é um dos modos de ser católico; é o único modo de ser católico. Aliás, dizer católico tradicionalista vem a ser até um pleonasmo, uma repetição que nem se precisa dizer, mas que hoje se faz necessária já que muitos hoje se dizem católicos mas rejeitam a Tradição multissecular e perene da Santa Igreja, e por isso já não são mais verdadeiros católicos de facto.

Mas há vários modos de ser ou se tornar católico tradicionalista:
Tradicionalista por saudosismo: saudade do passado.
Tradicionalista por sentimento: “eu me sinto melhor assim!
Tradicionalista por tradição: avós, pais, família
Tradicionalista por simpatia: “eu me simpatizo com a Tradição e tenho amigos lá…
Tradicionalista por imposição: pais, família, namorada, emprego…
Tradicionalista por obediência: pais, patrões, superiores…
Tradicionalista por companheirismo: amigos…
Tradicionalista por proximidade: “a igreja fica perto de minha casa…
Tradicionalista por política: para angariar votos…
Tradicionalista por escândalo: escandalizado pelas loucuras que viu no progressismo…
Tradicionalista por interesse: conseguir emprego, namorada, etc.

TRADICIONALISTA POR CONVICÇÃO: por causa da doutrina e, em consequência, da liturgia tradicional, do respeito e da seriedade que a acompanham.

É claro que, mesmo que se tenha vindo para Tradição por qualquer um dos modos acima, o único modo verdadeiro e digno deste nome é o último. Só por convicção pela doutrina é que você será um verdadeiro tradicionalista, isto é, um verdadeiro católico apostólico romano, da Igreja de sempre de Nosso Senhor.

(Ontem Hoje Sempre, Campos, Abril-Maio de 1999, nº 52)