sexta-feira, 12 de outubro de 2012

BCE





QUE É O BCE? 
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE? 
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E É MUITO, ESSE DINHEIRO? 
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ? 
- Não, não pode.

PORQUÊ?! 
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO? 
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

AH PERCEBO, ENTÂO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE. 
- Pois.

MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE? 
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

AGORA NÃO PERCEBI!!.. 
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO! 
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

ISSO É UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS. 
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES? 
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE? 
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a 7% ou mais.

ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!... 
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS? 
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS? 
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E ONDE O FORAM BUSCAR? 
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA? 
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS? 
Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CHEGOU O DIA QUE EINSTEIN TEMIA!

No café

No restaurante

Num museu

Numa cafetaria

Na praia

No estádio

A namorar

A passear



“Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à nossa humanidade: o mundo terá apenas uma geração de idiotas





quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MÁRIO SOARES e a coerência


Em Agosto de 1983, o Governo do Bloco Central PS-PSD, assinou um memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional.
·         Os impostos subiram
·         os preços dispararam
·         a moeda desvalorizou
·         o crédito acabou
·         o desemprego e os salários em atraso tornaram-se numa chaga social
·         e havia bolsas de fome por todo o país.

Ø      O primeiro-ministro era Mário Soares. Veja como o homem que hoje quer rasgar o acordo com a troika, assinado pelo seu partido o PS, defendia os sacrifícios pedidos aos portugueses.

1-“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto. DN, 27 de Maio de 1984

2-“Não se fazem omoletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”. DN, 01 de Maio de 1984

3-“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.” JN, 28 de Abril de 1984

4-“Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para Portugal”. Idem

5-“Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível” RTP, 1 de Junho de 1984. Idem, ibidem

6-“A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós” RTP, 1 de Junho de 1984

7-“Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”. Idem

8-“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”. Idem, ibidem

9-“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (...). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. JN, 28 de Abril de 1984

10-“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência... deve pura e simplesmente falir. (...) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade. Idem

11-“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”. RTP, 1 de Junho de 1984

12-“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos”. 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983

13-“Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho nem salários”. DN, 19 de Fevereiro de 1984

14-“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar” RTP, 1 de Junho de1984

15-“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.” Der Spiegel, 21 de Abril de 1984

16-“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á”. RTP, 31 de Maio de 1984

17-“A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço” La Republica, 28 de Abril de 1984

18-“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça descoberta”. Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984

19-“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais” JN, 28 de Abril de 1984

20-“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão pública, devidamente corrigida”. RTP, 1 de Junho de 1984

21-“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”. 6 de Junho de 1984
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

REVOLUÇÃO FRANCESA - embuste


Blanc de Saint-Bonnet: "A democracia triunfa, e eu venho combater a democracia. As aristocracia são repelidas, e eu venho dizer que foram elas que criaram os povos; os dogmas são rejeitados, e eu venho dizer que foram os dogmas que criaram as aristocracia e o capital, essas duas colunas da civilização.

São proclamados a indústria, o crédito, os bancos, os empréstimos, e eu venho dizer que eles arruinarão os povos. Por todo o lado se anuncia a falsa liberdade e a revolução, e eu venho, apenas com a minha consciência, combater a Revolução! Fundada sobre quimeras e sustentada pela impostura, ela conduz os povos à sua perda e a humanidade ao seu fim."
  • Tilly, Alexandre de, Mémoires Pour Servir à l'Histoire des Maurs à la Fin du XVIII Siecle, Paris, Mercure de France, 1986, pag.219

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O LUCRO!


O erro do Marxismo surgiu como resultado da exploração das pessoas. Foi a injustiças patrocinadas pelos empresários na busca apenas do lucro que escravizou milhares de pessoas, inclusive famílias inteiras com seus pais e filhos.

Hoje estamos a regredir novamente. A escravatura do nosso tempo vai-se relevar terrivelmente pior, porque os valores, herança do cristianismo, foram apagados da sociedade.

Há aqui uma trágica culpa. A primeira da Igreja, na pessoa dos bispos e padres. Com o Vaticano II a Igreja deu a mão ao espírito do mundo e foi contaminado por ele. A Igreja que é a alma do mundo, tornou-se doente e fonte de erros. O mundo, com a sua alma profundamente doente, tornou-se num corpo leproso.

As pessoas, privadas da luz, foram contaminadas pelo mundo leproso e tornaram-se pagãs, amantes do material e adoradoras do Ter. Delas saiu outras pessoas, empresários, que destituídos de qualquer valor cristão, tornaram-se adoradores do lucro e as pessoas são apenas meios para prestar culto a esse deus lucro.

Temos assim uma práxis que para manter o culto ao lucro é necessário sacrificar as pessoas. Eis que vozes pregam baixos rendimentos das pessoas em favor do lucro das empresas.

Os pregadores desta religião são aqueles que não cumprem aquilo que exigem aos outros.

O que irá dar isto?

No Sec.XIX surgiu o marxismo, que foi concretizado no século XX, da mesma forma surgirá outro erro, usando a escravidão e a miséria das pessoas, para se fazer notar e viver. Surgirá assim um homem desse erro que, inicialmente será visto como salvador, mas que depois, como Lenine e Stalin, foram tirados déspotas.
Os pregadores do lucro serão, às mãos desta nova ideologia, mortos.