quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ESTÃO A PEDIR REVOLUÇÃO!


Os políticos estão a brincar com o fogo.
Cortam os subsídios de Férias e Natal às pessoas e para eles e seus boys arranjam termos “suplemento” que na prática são os direitos roubados aos outros.
Estão a pedir revolução!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A "UNIÃO EUROPEIA" = nova UNIÃO SOVIÉTICA?

A "UNIÃO EUROPEIA" = nova UNIÃO SOCIÉTICA?
O Testemunho de Vladimir Bukovski
Fonte : LUSO Nº 545 de 18 de Junho de 2008
Nota da redacção: VLADIMIR BUKOVSKI nasceu a 30 de Dezembro de 1942 em Belebey (Bashkirian), para onde a sua família tinha sido evacuada de Moscovo. Regressado após a guerra, foi expulso da sua escola de Moscovo em 1959 por ter editado uma revista não autorizada. Livre-Pensador e lutador pela liberdade de opinião foi inúmeras vezes preso e encarcerado, passando um total de 12 anos em prisões soviéticas, campos de trabalho forçado e "PSIKHUSHKAS", hospitais prisionais psiquiátricos. Bukovski foi o primeiro dissidente soviético a avisar o Ocidente da arma destrutiva da mente humana que a União Soviética tinha criado através do internamento compulsivo em clínicas psiquiátricas, para vergar ou destruir opiniões consideradas inconvenientes (entretanto também já usada nos Estados Unidos da América e, de forma mais disfarçada, em países membros da União Europeia).
A "UNIÃO EUROPEIA" = nova UNIÃO SOVIÉTICA?
É espantoso que depois de enterrado um monstro, a URSS, se esteja a construir um outro semelhante, a UNIÃO EUROPEIA.
O que é, na verdade, a UNIÃO EUROPEIA? Sabê-lo-emos, talvez, examinando a sua versão soviética. A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se apoiavam mutuamente e não tinham que dar satisfação a ninguém. A UNIÃO EUROPEIA é governada por duas dúzias de pessoas que se apoiam mutuamente, se reúnem à porta fechada, não dão satisfações a ninguém, nem são passíveis de destituição.
Poder-se-ia dizer que a U.E. tem um parlamento eleito. A URSS também tinha uma espécie de parlamento, o Soviete Supremo.
Nós avalizávamos sem discussão as decisões do Politburo, da mesma maneira como o Parlamento Europeu, onde o tempo de palavra de cada grupo está racionado e muitas vezes se limita a um minuto por intervenção. Na U.E. há centenas de milhares de eurocratas com emolumentos enormes, pessoal próprio, lacaios, bónus, privilégios, e imunidade judiciária para toda a vida, simplesmente transferidos dum lugar para outro, façam o que fizerem, bem ou mal. Não isto exactamente como o regime soviético?
A URSS foi criada pela coacção, muitas vezes com ocupação armada. Está-se em vias de criar a U.E. não pela força armada, não, mas pela coacção e pelo terror económico. Para continuar a existir, a URSS sempre se alargou mais além. Desde que deixou de se alargar, começou a ruir. Desconfio que acontecerá o mesmo com a U.E.
Tinham-nos dito que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica, o Povo Soviético. Era preciso esquecer as nossas nacionalidades, as nossas tradições e os nossos hábitos. O mesmo com a U.E., parece. Eles não querem que sejais ingleses ou franceses. Querem fazer de vós uma nova entidade, os Europeus, reprimir os vossos sentimentos nacionais e forçar-vos a viver em comunidade multinacional.
Setenta e três anos deste sistema na URSS saldaram-se por mais conflitos étnicos do que em qualquer outra parte do mundo.
Um dos grandiosos objectivos da URSS era destruir os estados-nações. É exactamente o que vemos hoje em dia na Europa, para que eles deixem de existir: Bruxelas tem a intenção de “absorver” os estados-nações, para que estes deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de cima até baixo. O mesmo acontece com a U.E.
As actividades antidemocráticas que víamos na URSS florescem na UNIÃO EUROPEIA. Os que se lhe opõem ou as denunciam  são amordaçados ou castigados.
Nada mudou. Na URSS tínhamos o Gulag. Creio que também o há na U.E. Um Gulag intelectual, chamado "politicamente correcto". Tentai dizer o que pensais a respeito de questões de raça ou de sexualidade, e se as vossas opiniões não forem as boas, sereis ostracizado. É o começo do Gulag. É o começo da perda da vossa liberdade.
Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Diz-se exactamente o mesmo na U.E.. Em resumo, é a mesma ideologia nos dois sistemas.
A U.E. é o velho modelo soviético vestido à ocidental. Mas, como a URSS, a UNIÃO EUROPEIA traz consigo os germes da sua própria perda.
Mas, aí, quando ela ruir, – porque ela ruirá –, deixará atrás de si uma imensa destruição e problemas gigantescos económicos e étnicos.
O velho sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo a UNIÃO EUROPEIA.
Mas há uma alternativa a ser governado por dúzias de mangas-de-alpaca em Bruxelas: a independência. Vós não sois forçados a aceitar o que eles vos reservam. Nunca vos perguntaram se quereis juntar-vos a eles.
Eu vivi no vosso futuro e isso não funcionou!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TROIKA: Escravidão!

AS MEDIDAS DO GOVERNO!

Quem ouve ou lê as medidas (mais meia hora de trabalho, menos dias de férias, acabar com feriados, cortes dos subsídios, etc, etc) anunciadas pelo Governo com um ar de triunfalismo salvador da situação económica fica com a ideia de a culpa da crise é dos trabalhadores.
A hipocrisia, a desonestidade intelectual e moral dos nossos governantes brada os céus.
A verdade é que a culpa da crise tem três rostos: banqueiros, políticos corruptos e empresários que vivem à mesa do orçamento do Estado.
A todos eles há um espirito comum que os une e os move: A Maçonaria.
Para manterem o status da impunidade esta corja de gente mantem em seu poder quatro poderes. Dois são os principais e os outros dois são secundários. Os primeiros são a Educação e a Televisão e os segundos a Justiça e a Policia.
Com a Educação e a Televisão, esta corja de gente mantém o povo ignorante e, com isso, este não é capaz de os fiscalizar, justiçar e de os punir. Com a Policia e a Justiça todas as suas acções são filtradas por uma legislação á medida.
Toda esta situação é explosiva porque tem os ingredientes para o surgimento do ditador.

domingo, 15 de janeiro de 2012

DEZ ANOS APÓS PROGRAMA DO FMI- As diferenças!

Jacques Amaury sobre PORTUGAL!

Jacques Amaury sobre PORTUGAL
O conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre "A crise Portuguesa", onde elenca alguns caminhos, tendentes a solucioná-la.
Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história, que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrarem crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa, em primeiro lugar, averiguar as causas. Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde a CE mais investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas; estádios de futebol; constituição de centenas de instituições publico-privadas, fundações e institutos de duvidosa utilidade; auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício; pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações; apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos; elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica; o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos, cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário.
Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro, já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista), vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de comunicação. Ora, aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs, as Rádios e os Jornais são, na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria, ao comércio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho, enquanto o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante pode ajudar a população a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.

AS CINCO PROFECIAS DE S.BERNARDETE

Em 1879, Santa Bernardete Soubirous, vidente de Lourdes, escreveu ao Papa Leão XIII, a fim de confiar-lhe algumas mensagens da Mãe de Deus relacionadas com o nosso século. Trata-se de cinco profecias, das quais se realizaram já quatro. A carta considerada como perdida a 120 anos, foi recentemente encontrada pelo padre francês Antonine La Grande, no Vaticano, enquanto procurava alguns documentos sobre milagres de Lourdes.
Esta carta escrita por Santa Bernardete ao Papa, justamente antes de morrer, inclui cinco mensagens de Nossa Senhora relacionadas com os acontecimentos deste nosso século XX e com o futuro, depois do ano 2.000.
O conteúdo da carta jamais foi publicado e no próprio Vaticano se confessou que havia desaparecido. O Padre La Grande descobriu este escrito em Dezembro de 1997 num armário metálico, nas caves da Biblioteca Vaticana. Trata-se de cinco páginas separadas e, em cada uma delas, está relatada uma das cinco profecias.
AS CINCO PROFECIAS
1 – A primeira profecia fala, sobretudo da evolução do santuário de Lourdes, depois da morte de Bernardete. Ela mesma descreve a evolução de Lourdes como lugar de peregrinações e a eficiência da famosa fonte da curas.
2 – A mensagem da segunda profecia anuncia uma série de importantes descobertas científicas, tais como a exploração da energia elétrica, a lâmpada elétrica, a lâmpada incandescente, o gramofone e outros aparelhos elétricos.
3 – A terceira profecia refere-se à tomada do poder, na Alemanha, por parte de Hitler e ao nazismo: nos anos 30 sucederá estes acontecimentos terríveis, que terminará com uma guerra em que quase todas as nações virão a estar implicada.
4 – Os esforços dos homens no sentido de voarem no espaço são anunciados na quarta mensagem (também anunciados pela mensagem de Amesterdã). Por volta dos anos 70, os americanos conseguirão aterrar na lua. Profecia realizada em 1969, quando o americano Neil Armstrong foi o primeiro homem a caminhar na lua.
5 – A quinta e última profecia, a mais longa destas revelações:
“Santidade, Nossa Senhora disse-me que, no fim do século XX, chegará também o fim da era da ciência. Uma nova era, a da fé, começará em toda a terra. Dar-se-á testemunho de que foi Deus que criou o mundo e o homem. Será este o início do fim da ciência em que os homens não mais acreditarão. Milhões de homens regressarão a Cristo e o poder da Igreja será maior do que nunca.
O motivo pelo qual, muitos homens se verão levados a não mais acreditar no progresso científico será o orgulhoso comportamento dos doutores que irão trabalhar na realização de uma criatura saída do cruzamento entre o homem e o animal. Os homens reconhecerão, no mais profundo do seu coração, que todo isto é injustificável. Num primeiro tempo, ninguém se oporá à criação destes monstros, mas os próprios cientistas acabarão por ser caçados, como se caça uma alcatéia de lobos.
Na véspera do ano 2000, assistir-se-á ao combate entre os sequazes de Maomé e as nações cristãs. Realizar-se-á uma terrível batalha, em que 5.650.451 soldados perderão a vida, e uma bomba de grande potência será lançada sobre uma cidade da Pérsia. Mas, por fim, vencerá o sinal da Cruz, e todos os muçulmanos se converterão ao Cristianismo. Seguir-se-á um século de paz e de felicidade, porque todas as nações deporão as suas armas. Seguir-se-á uma grande riqueza, porque o Senhor dará muitas bênçãos aos crentes.
Em toda a terra, não ficará uma só família a viver na pobreza e com falta de alimento. A um homem, em dez, Deus dará o poder de curar as doenças daqueles que lhe pedirem a cura. A seguir a estes milagres, ouvir-se-ão os gritos de alegria de um grande número de muitas pessoas. O século XXI será chamado ‘A segunda Idade de Ouro da humanidade’”.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BENTO XVI E O ECUMENISMO

BENTO XVI E O ECUMENISMO

“A coisa mais necessária para o ecumenismo é primariamente que, sob a pressão da secularização, não percamos, quase sem dar por isso, as grandes coisas que temos em comum, que por si mesmas nos tornam cristãos e que nos ficaram como dom e tarefa.
O erro do período confessional foi ter visto, na maior parte das coisas, apenas aquilo que separa, e não ter percebido de modo existencial o que temos em comum nas grandes diretrizes da Sagrada Escritura e nas profissões de fé do cristianismo antigo.
Para mim, isto constitui o grande progresso ecuménico dos últimos decénios: termo-nos dado conta desta comunhão e, no rezar e cantar juntos, no compromisso comum em prol da ética cristã face ao mundo, no testemunho comum do Deus de Jesus Cristo neste mundo, reconhecermos tal comunhão como o nosso comum e imorredouro alicerce”
(BENTO XVI, Discurso no encontro com os representantes do Conselho da «Igreja Evangélica na Alemanha» na Sala do Capítulo do ex-Convento dos Agostinianos de Erfurt, 23-09-2011: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2011/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20110923_evangelical-church-erfurt_po.html).

sábado, 7 de janeiro de 2012

Porque usar batina?

O MULTICULTURALISMO!

A ideologia socialista, ateia, materialista e maçónica, que governa a Europa, impôs nas leis o multiculturalismo como uma etapa da globalização.
O multiculturalismo tem como objectivo descaracterizar um povo de modo a que este perca a sua identidade e, com isso, a sua união.
Portugal, seguindo esta ordem socialista/maçónica mundial, aprovou leis que concede a nacionalidade portuguesa com uma ligeireza chocante.
As conservatórias do registo civil portuguesas estão cheias de pessoas que vão pedir documentos por ter sido concedida a nacionalidade portuguesa.



OS NOVOS PORTUGUESES
segundo a lei aprovada pelos socialistas.






A LÓGICA DA AVESTRUZ

A LÓGICA DA AVESTRUZ

A conspiração da mentira e da morte na muito rendosa indústria do aborto

A muito puritana mulher do bispo anglicano de Worcester reagiu com indignação à hipótese evolucionista:
Descender dos macacos!? Que horror! Esperemos que não seja verdade mas, se for, pelo menos que não se saiba!
A reverendíssima dama teve uma reacção digna de uma avestruz: este animal, talvez um dos mais estúpidos do planeta, quando pressente um perigo, em vez de o enfrentar, enterra a cabeça na areia.
A julgar pelas novas práticas a seguir no atendimento das candidatas à interrupção voluntária da gravidez, parece que a Inspecção-Geral das Actividades de Saúde pretende que estas mulheres procedam do mesmo modo que a consorte episcopal e as avestruzes.
De facto, depois da inspecção realizada, no ano passado, a 22 estabelecimentos que realizam abortos, por opção da mulher, até às 10 semanas de gravidez, essa entidade oficial recomenda que os «objectos alusivos à infância, ou do foro religioso, sejam removidos dos gabinetes médicos e de apoio psicológico e social, onde é prestado atendimento a estas utentes». A retirada desses objectos é exigida na medida em que os mesmos, segundo o mesmo relatório, podem «interferir com a escolha das utentes».
Como poderia ser chocante para a candidata ao aborto saber a verdade, entende a dita Inspecção-Geral que se deve evitar tudo o que, de algum modo, possa revelar a verdadeira natureza do acto eufemísticamente designado como interrupção voluntária da gravidez. Como? Pois bem, a grávida não deve conhecer o resultado das ecografias, nem de qualquer outro exame médico que comprove a certeza científica da vida humana que em si gera. Também não deve saber que a «interrupção» da dita gravidez mais não é, na realidade, do que o extermínio desse ente, diminuto mas já portador de todas as características próprias do ser humano. Por isso, a sala em que for recebida a desesperada mãe não deve ter «objectos alusivos à infância, ou do foro religioso», porque a sua presença poderia coagir emocionalmente a grávida, coarctando a sua liberdade de pôr termo à vida do seu filho.
Bem vistas as coisas, as titulares do «direito» ao aborto nem sequer deveriam ser atendidas por pessoas, na medida em que estas mais não são, necessariamente, do que ex-crianças, que já foram portanto iguais ao ser que agora se pretende eliminar. Além do mais, se se trata de um competente e honesto profissional da saúde, como são quase todos os médicos e enfermeiros, não poderá negar a vida humana do embrião, nem o seu carácter pessoal, o que também pode ser perturbador para a infeliz mãe. Assim sendo, o atendimento de grávidas nesta situação deveria ser feito por máquinas de reposta automática, que ignorem a verdade que não convém e sejam cúmplices da mentira que interessa afirmar.
Entende-se que, nos gabinetes de atendimento médico e psicológico, é perniciosa a presença de tudo o que possa ser entendido como alusivo à «infância». Mas quem pode negar que, pela janela do consultório, se vejam bebés ao colo das suas mães, ou se oiça o inocente riso de uma criança?! Para evitar uma tal interferência, talvez seja de recomendar que as consultas tenham lugar em salas subterrâneas, hermeticamente fechadas e devidamente insonorizadas.
E, de que cor deveriam ser as paredes destas celas, se se interdita tudo o que seja, ou possa parecer, alusivo ao «foro religioso»? Brancas não, pois é a cor que vestem as noivas no dia em que casam pela Igreja, logo tem um claro sentido cristão. Azul é a cor do céu, portanto apela para o transcendente e, por isso, deve ser também rejeitado. Amarela é bandeira oficial do Vaticano, portanto também não é uma cor admissível. Encarnado é o sangue e, portanto, poderia parecer uma velada alusão ao carácter sangrento da interrupção voluntária da gravidez. Um cor quente e alegre também não se compadece com a natureza do acto a decidir em tal compartimento, uma vez que nenhuma insinuação cromática deve perturbar a triste e fria determinação de quem o Estado tão empenhadamente quer que aborte. Talvez só o preto se deva utilizar nessa câmara ardente, cega e surda, em que só, diante de uma máquina, a mulher poderá, finalmente, decidir «livremente» a interrupção voluntária da sua gravidez.
Num tempo em que o Estado se empenha em dar uma exaustiva informação sexual, que não educação, às crianças, não deixa de ser paradoxal esta aposta na manipulação das mulheres, principais vítimas desta afectada ignorância sobre o que a ciência afirma da vida em gestação e sobre as implicações éticas e psicológicas do acto de abortar. O poder público, ciente da natureza desse dramático desfecho, sabe que só uma mulher enganada e desamparada poderá chegar a uma tão trágica determinação. Pelos vistos, embora a Igreja tenha a fama de obscurantista, é o Estado quem tem o proveito, como responsável por esta conspiração da mentira e da morte na muito rendosa indústria do aborto.
Há dois mil anos, Jesus Cristo falou de alguém que é «homicida desde o princípio (…), mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44). Ele é o «príncipe deste mundo». Nem mais.
Gonçalo Portocarrero de Almada
Fonte:Voz da Verdade, 2011.10.16